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By domingo, maio 22, 2011 , ,

                                       Traição


Há pouco tempo eu não sabia o que era raiva, não sabia o que era ser enganada, traída, não sabia o que era o ódio. Mas agora eu sei e não é só raiva que eu sinto eu tenho ódio por ser tão idiota e acreditar em tudo que ele me dizia.
Mas estava tão iludida pelo amor que me cegou, não via nada alem daqueles belos olhos castanhos me prometendo amar para sempre o que era uma completa mentira, e agora o que mais eu posso fazer a não ser chorar lágrimas de raiva por tudo aquilo que ele me fez passar, por tudo o que eu já passei com ele e tudo que poderia ainda passar se não fosse por suas mentiras.
Deve estar perguntando o porquê de tudo isso e posso dizer que aquele dia não foi o melhor da minha vida.
Acordei cedo com meu lindo marido saindo da cama resmunguei um pouco mais não me levantei, ouvi ele falar no telefone se despedindo de alguém com um: “Estou indo para aí amor!” Me levantei na hora e segui ele ate a casa da minha melhor amiga sem poder acreditar no que estava acontecendo. Ele saiu do carro encontrando um garotinho que veio correndo em sua direção gritando “Papai!” Ele abraçou o menino foi ate minha futura ex- amiga e a beijou. Não consegui fazer nada e dirigi por horas pensando em como fui burra e como eles puderam fazer isso comigo.
Não comentei nada com nenhum dos dois, sabia que se assim fizesse acabaria com a minha vida, e meu amor me deixaria para sempre. Tinha ódio dos dois e não conseguia olhar na cara deles sem me lembrar daquela cena, daquela família feliz e eu a outra que esta atrapalhando, a mulher que estava no meio do caminho da felicidade deles.
Me sentei exausta no jardim vendo as folhas do outono cair alheias a mim e a toda minha raiva, a garrafa de vinho estava em uma das minhas mãos tentando me fazer esquecer e o cigarro não outra tentando me acalmar, mas as minhas lágrimas desciam furiosamente pela minha face queimando por onde ela passava, não consegui segurar e gritei mais forte que suportava, como se só com um grito eu descontasse todo o meu ódio em cima do mundo.
O peso em meus ombros aumentava assim como minha raiva, tinha nojo do meu marido mesmo não conseguindo deixá-lo mesmo depois de tudo, de toda a sua vida dupla onde eu seria ‘a outra’ eu ainda o amava e todo o meu ódio não era capas de vencer esse amor.
A bebida e o cigarro viraram os meus fieis companheiros que sempre me deixavam melhor, nem percebi quando viraram um vicio, mas sem eles não podia suportar e por poucos o ódio ia corroendo o meu ser. Sabia que um dia ele se cansaria de mim e ficaria com a sua família perfeita, família pela qual ele me trocou. Tentava pensar em o que eu tinha errado, se eu não tinha feito dar certo ou se eu não era bonita o suficiente, mas esses pensamentos só me levavam a lugar nenhum, não conseguia me lembrar de brigas ou desentendimentos, éramos perfeitos um para o outro e toda essa perfeição para ele deve ter se tornado chata, enjoativa e por fim desinteressante, assim como eu.
Meu coração doía mais no final do outono eu o disse que eu sabia da sua outra vida e nos brigamos pela primeira vez e eu sem conter o meu ódio sacava coisas na parede, vasos de plantas e porta retratos, ele disse que já bastava e me deixou ali sozinha como eu já tinha imaginado. No chão uma foto do dia do nosso casamento estava coberta de cacos de vidro quebrados e minhas lágrimas desciam pelo meu rosto caindo na foto quebrada.
Á ultima folha do outono caiu quando meu ódio dominou meu corpo e me fez esquecer o que era viver, o que era felicidade, o que era o amor que eu julguei sentir por aqueles que me traíram.


**O terceiro conto Outono/Ódio e espero que tenha gostado, assim como eu gostei de escreve-lo...

Love Love my Frozen Cherries 

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