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By quinta-feira, maio 19, 2011 , ,

                                     The cold



Minha cabeça girava e girava, a dor em meu peito era enorme e insuportável. Ele não podia ter feito isso comigo me deixar aqui sozinha depois de todos os anos, todas as conquistas, todos os dias juntos, toda a felicidade...
Era sufocante e deprimente uma dor nunca sentida por mim, a dor do abandono, a dor da solidão. Mas mesmo assim eu ainda levantava toda manha punha um sorriso em meu rosto e levava meus filhos para a escola e seguia para meu desgastante trabalho terminando o dia em minha cama chorando como sempre.
Ele me deixou, minha vida acabou. Depois de três anos de casamento e um casal de filhos, ele teve a coragem, a audácia de me abandonar e eu aqui fiquei sozinha nesse inverno rigoroso nessa dor insuportável.
Meus dias passavam e eu não reparava, vivia uma mórbida vida sem nenhuma felicidade. Não dava a atenção que meus filhos precisavam e sabia que eles também sofriam, mas estava mergulhada profundamente em minha própria dor, não ligava mais para eles, não ligava mais para nada. Ficava cada dia mais magra por me recusar a comer, aquela linda mulher elegante agora não cuidava mais de si mesma não penteava os cabelos e não se arrumava direito. Eu morri assim que o amor da minha vida passou pela porta e prometeu nunca mais voltar.
Fui decidida a não chorar mais ao local onde foi marcado para assinar os papeis do divorcio e discutir a guarda dos nossos filhos. Assim que eu o vi entrando na sala não consegui ficar lá, não consegui olhar para cara satisfeita dele, como se finalmente se livrasse do seu pior pesadelo que um dia ele alegou amar, sai correndo já em lágrimas e não consegui voltar. Minha advogada veio falar comigo e me trouxe os papei que assinei por ainda amá-lo.
E o pior era viver com a culpa de ter feito nosso casamento horrível, por ter dado a ele dois filhos que ele não queria, por te lo privado de todas as mulheres melhores que eu que ele merecia palavras ditas por ele. Viver com isso estava sendo insuportável, por mais idiota que ele fosse eu o amava e não conseguirei viver sem ele, porque ele era a minha vida, meu sorriso, meu sol de todas as manhas e tudo aquilo que eu precisava e ainda preciso.
O meu amor não foi o bastante para não deixá-lo ir, e o amor dele não passou de um mero sentimento passageiro. O meu organismo protestava, minha sanidade protestava, meus filhos protestavam, mas a dor era muita e eu estava muito enterrada nela para ligar.
Foi assim que tomei a decisão de partir, não aguentava mais e sei que tem pessoas melhores no mundo que cuidaram dos meus filhos melhor do que eu jamais cuidei e sei que para ele não ai fazer diferença nenhuma, ninguém vai sentir a minha falta, eu não preciso mais continuar nesse inverno, nessa vida, nesse mundo.
E nesse dia, o dia mais frio do ano eu pulei de uma ponte deixando para trás um amor não correspondido, uma vida de sucesso, dois filhos e toda a minha dor.


** É o primeiro de todos, acho que esta meio na cara mais esse é o Inverno/ Tristeza e... Viva a volta da minha criatividade \o/ 

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1 Amores

  1. Ótima ideia bem criativa e continua assim feliz, criativa, aguentando firme, e ficarei ansioso por cada texto principalmete o Verão.
    E aqui eu Não D. de Vc!
    To perdendo o prática de comentar.
    Kisuus

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