Latest Posts

By domingo, agosto 07, 2011 , , , , ,

Os dramas e os seus trágicos finais.           

                             
Ela entrou no banheiro sangrando, se odiando, chorando. Queria lavar todas aquelas sensações horríveis, queria tirar dela aquelas ultimas terríveis horas e conseguir se deitar e ter uma boa noite de sono. Os seus pensamentos a assombravam, tirou a roupa sem se incomodar em tirar as peças intimas deixando as molhar quando entrou no chuveiro com esperança de alguma melhora, mas não adiantou muito e ela caiu sentada enquanto a água lavava suas feridas.
A garota chorou com todas as forças que ainda lhe restava, o sangue escorria pelo ralo e deixava os cortes em seu braço, rosto e barriga livres e limpos. Ela gritou de dor pelos machucados e por ter passado por tão assustadora cena.
Ela se recuperou e levantou se secando e colocou uma blusa limpa que estava jogada pelo quarto e se sentou na cama pegando o telefone e digitando o numero da policia, mas assim que atenderam não conseguiu falar e jogou o telefone longe que depois de bater na parede caiu em baque surdo no chão, ela levantou e saiu andando pela rua deixando a casa aberta e não ligando para o estado em que eu se encontrava.
Continuou andando e as pessoas a olhavam assustadas e ela sorria um sorriso cínico para elas.  Um carro se aproximou e ela não saiu da frente, ele não conseguiria feri-la mais do que eu já estava ferida, a blusa branca estava marcada do sangue que não havia parado de escorrer.
O carro desviou a tempo deixando ela caída no chão pela perigosa proximidade. Ela chorava novamente se achando tola e sussurrou baixinho: “Esse preço que eu tenho que pagar vale à pena.”
_CORTA!_ Gritou o diretor de longe no set e as luzes se acenderam novamente _ Muito bom Elizabeth, ficou perfeito.
Ele disse para atriz que sorria satisfeita com sua atuação exagerada para uma personagem tão intensa. A campainha soou ao longe e o diretor gritou:
_Nos encerramos pessoa, bom trabalho!
E uma multidão aplaudiu o seu próprio trabalho e esse foi só mais um dia normal no set de filmagem do mais novo sucesso de uma roteirista apaixonada que escreveu um tão depressivo filme.
A atriz Elizabeth por tão imersa no papel de Sarah a noiva sequestrada chorava em seu camarim sem nenhum motivo aparente e claro o seu marido e também o câmera principal correu para consolar a misteriosa atriz enquanto de longe, o ator que interpretava o seu par romântico no filme e que também é o seu amante a olhava preocupado. Mas a jovem Elizabeth não tinha nada de errado e sim uma grande vontade de chamar atenção, esse atores de hoje...
A verdade era o que se passava nos bastidores daquele filme era mais interessante que o próprio filme. A trama de Elizabeth que é casada com Jason o câmera que também é amante de Mike o ator que por hora é o melhor amigo do diretor que tem não só uma queda, mas um tombo inteiro pela famosa Liz.
E a historia do filme? Sarah noiva de um homem poderoso e mafioso é sequestrada por pessoas que querem vingança de seu futuro marido que mesmo conseguindo escapar com poucos cortes ainda tem que enfrentar o seu grande amor que a deixa para protegê-la o que foi errado, pois Sarah é sequestrada novamente e dessa vez morta pelas próprias mãos do marido que sobre tortura presa mais a sua vida do que a de sua suposta amada.
Um grande clichê na verdade, ambas acabam com dor, sofrimento, corações partidos e possível sangue, pois vamos encara os fatos o que um ser humano não faz por amor? Ou ate pela falta dele?
Grande pergunta, milhões de respostas, com milhões de pessoas diferentes tentando se destacar alegando ter a resposta verdadeira, o que é uma grande mentira e isso continua iludindo a todos ate mesmo ao grande diretor que se encontrava agora com a desculpa de um próximo roteiro ao lado de Liz sorrindo para ela e lançando o seu incrível charme de bad boy.
Por sua vez Liz não prestava atenção no homem a sua frente e sim nos papeis que ele a entregara e questionava internamente o porquê do final trágico ate então desconhecido de sua personagem. Como sendo apenas a atriz ela não ligou para o fim de Sarah não tanto quanto ligou para sua imagem no espelho que revelava que seus cabelos ainda estavam ruivos e não loiros como deveriam ser e delicadamente ignorando o diretor insistente ela passou a tarefa de retirar a sua peruca.
Os olhos aflitos dos três homens estavam sobre a moça que na manha seguinte estava se arrumando com as mesmas roupas ensanguentadas para enfrentar mais um dia pesado de gravações, tentando não entrar inteiramente em seu personagem e chorar como havia feito, mas Sarah era tão complicada e intensa que poucos conseguiam não se apaixonar por ela, de um modo estranho, claro.
Sarah morreria no final das contas e ninguém poderia impedir e o seu noivo mafioso viveria de um modo feliz depois de matar ela de tão brutal forma, esse seria o final da historia e ia trazer ao filme as esperadas premiações que o diretor tanto queria. O grande drama digno de uma novela mexicana é tão complicado e não real que às vezes desanimava Mike o ator, ele se preocupava com a grande cena, a cena da morte, ele pensava que não conseguiria matar sua amante porque a amava muito, mas isso mudou no final daquela tarde.
Liz dava uma pausa para beber água quando o ator veio falar com ela em um tom despreocupado a chamando para um encontro hoje a noite que a atriz recusou alegando que não queria mais fazer isso com o marido porque o amava muito. Claramente isso era uma mentira, pois mais tarde ela não ficou em casa com seu marido ela saiu com o diretor fazendo as fantasias dele se tornarem reais.
Elizabeth é uma mulher que vive por ela mesma, se preocupa com a sua beleza, se preocupa em ser a mais famosa e acima de tudo em atuar que é a sua grande paixão. O seu marido foi um caso, uma paixão que acabou há tempos e os amantes apenas diversão. Uma típica triz que não liga para o mundo e muito menos para os sentimentos das outras pessoas.
O relógio batia meia noite quando o marido de Liz a viu com o diretor ao mesmo tempo em que o diretor soube por Mike que queria vingança, a historia dos dois. Trágico não? Mais um final perfeito em vista de uma historia tão trapaceira. A moça a grande culpada vai sempre se dizer inocente e bom, os três rapazes que briguem por uma mulher desprezível que apesar de bonita por fora adora ver o sofrimento das pessoas.
Essa historia por trás das câmeras deveria ter um final trágico como o filme, ma a verdade que nunca terá. Elizabeth vai continuar sendo ela mesma e os homens vão ser descartáveis e brigaram entre si o que na verdade é muito comum.
No final dos dois filmes, as duas historias são apenas mais drama para um mundo que está cheio deles. Dramas não resolvidos, paixões acabadas em morte, um amor tão impuro que não chega a ser verdadeiro. Mais uma coisa para mostrar que o ser humano é tão estupidamente frio e que a vida um dia acaba assim como a da Sarah que tanto sofreu e assim como a de todos um dia vai acabar.
O final deveria ser um final feliz, mas não foi e bom, não teria como ser.

**Então mais um conto meu, o drama de sempre. Esse texto foi meio complicado para eu escrever porque não estou muito acostumada a escrever em terceira pessoa, mas eu tentei, eu juro. Achem às pequenas lições de moral nela como eu achei um tanto depois de escrever. Para falar a verdade à atuação da Elizabeth no inicio do texto foi um sonho que eu tive e que foi meio interrompido e ficou sem um final, então eu inventei para ele alem de um final uma boa (eu acho) historia.

You Might Also Like

0 Amores

x Comente
x Comente sobre o post!
x Criticas construtivas são bem vindas!
x Desrespeito será ignorado.
x Sua opinião é importante!

Obrigada,
Luiza.