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By terça-feira, agosto 23, 2011 , , , ,


Minha cabeça tá uma grande bagunça, uma confusão tão grande que esta ate doendo. O motivo? Eu não sei, mas gostaria de saber.
Não sei o que esta acontecendo comigo, isso não é normal, toda essa dor física que estou sentindo deveria ter um sentido, mas não tem.
Isso tudo é apenas frustrante.
E eu queria esquecer, por essa razão quando consegui me convencer que mesmo que a caixa cheia de remédios estava apetitosa demais, caixa que ia acabar com minha dor para sempre assim como com a minha vida, mas eu lembrei de todas as três promessas e não fiz, não tive a coragem que eu tive das outras vezes e queria mesmo saber como eu estou aqui escrevendo sobre isso sendo que eu nunca, nunca mesmo escrevo sobre esse tipo de coisa.
Estranho, eu estou estranha, mais do que o normal. Enfim voltando ao assunto depois que eu tirei essa burrada da minha cabeça eu fui ate meu armário e joguei todos meus sapatos (lê-se tênis) pro chão para achar uma caixa velha e empoeirada lá do fundo. Eu a abri com um sorriso enorme, aquele sorriso que só aquelas sapatilhas desgastadas e pretas o traziam de volta. E depois de colocar Claire de Lune (uma musica do Debussy que é a minha preferida) eu calcei as sapatilhas apertadas e me arrisquei em alguns passos, mas não estava dando certo, eu me sentia pesada.
Minha tentativa foi desastrosa e eu sentei no chão chorando por aquele velho sonho que costumava ser a única coisa que eu pensava e que queria me senti mal com isso, mas não me deixei abater. Eu não conseguia fazer as coisas certas nas horas certas, eu não conseguia fazer aquilo, meus pés insistiam em tropeçar neles mesmos, mas mesmo assim eu continuei tentando.
Eu gargalhava girando e a confusão foi aos poucos desaparecendo ate claro a minha mãe entrar no quarto e aquela pequena lembrança sumir e ela perguntar o que eu estava fazendo. Essa não foi a primeira vez que ela me pegou fazendo isso e como das ultimas vezes acabou do mesmo jeito, com as minhas sapatilhas na caixa no fundo do armário e meu sonho impossível esquecido. A única coisa que me confortava era ver a cara de desculpas da minha mãe, ela sabe o que relembrar essas coisas fazem comigo por isso me fez guardar.
Eu não concordei com ela de novo claro, porque eu já tinha relembrado tudo semanas antes quando começou aquela briga de novo que finalmente acabou, mas eu deixei passar eu iria sofrer depois como sempre desde que fui para aquela casa onde é cheio de pessoas que dizem me amar, mas agem como me odiassem. Eu ate agradeço eles por ter feito muitas coisas por mim e continuarem fazendo, mas eles querem me transformar em quem eu não sou, querem me impedir de fazer coisas que eu amo como me impediram no passado, como acabaram com meu sonho.
Por mais que eu escute essa musica de novo e de novo as coisas não vão mudar e eu prefiro assim, gosto de como tudo esta, gosto dessa minha felicidade boba, só não gosto desse nó na minha cabeça que não quer se soltar por nada.
Agora que eu estou escrevendo eu me lembrei de uma coisa, uma coisa que não devia ser lembrada. Sonhos, os meus pesadelos, a minha ruína continuam acabando comigo. De um modo estranho eu sinto como se ela fosse a minha melhor amiga e pior inimiga ao mesmo tempo, pode ser meio doido, mas eu gosto quando ela me mata repetidas vezes e me tranca em hospícios, é como se ficar com isso 24h na cabeça me fizesse algum bem, me impedisse de pensar em coisas piores.
Eu consegui de novo. Parabéns Aly me surpreendeu dessa vez, quase me fez acreditar nessa mentira que eu mesma contei. Estranho não? É eu consegui ver um lado bom em uma coisa horrível e não me sinto bem com isso. Queria que fosse apenas ruim e ponto final, não queria passar por isso de novo, essa coisa de saber o significado por trás de meus sonhos ainda vai acabar comigo, eu juro que vai.
E quer saber por quê? Porque eu não consigo acreditar, e se conseguir e souber o que ela quer dizer com isso eu não vou conseguir mudar de qualquer maneira.
E isso é mais frustrante ainda.

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