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By segunda-feira, julho 25, 2011 , , , , , ,

       Until my heart stop beating.


Eu deitei na cama com um sorriso maior que meu rosto as imagens do dia anterior vinham a minha mente e meu corpo explodia de felicidade, toda a dor foi esquecida junto com as lágrimas que desciam livremente em meu rosto, mas essas lágrimas eram diferentes, eram de alegria. Eu me levantei e me pus a arrumar minhas coisas iria partir cedo amanha mesmo não querendo, quando acabei e troquei de roupa fui agora me deitar de verdade.
O sono não veio e eu não conseguia tirar ele da minha cabeça e fiquei rolando na cama com aquele mesmo sorriso bobo nos lábios. Depois de horas eu consegui dormir e tive um sonho meio perfeito, meio estranho.
No sonho eu corria e ele corra atrás de mim estávamos em um campo cercado de grama e flores um local lindo e eu gargalhava na nossa pequena brincadeira, ele conseguiu me pegar e fomos os dois para a grama fofa ele rindo em cima de mim e eu distribuindo tapas por ele ser pesado demais, mas ele não saiu e eu vi os seus olhos ficarem completamente brancos e ele cair do meu lado sem respirar eu comecei a chorar e gritar eu tinha acabado de  conseguir ele de volta eu não queria o perder e a dor sem aviso voltou com mais força ainda.
Eu acordei com o meu celular tocando em algum lugar no quarto me levantei para atender. Não reconheci a voz da pessoa e na tela do celular aparecia o nome dele, o cara falou para eu ir para o hospital mais rápido possível e eu comecei a chorar desesperadamente não queria que meu sonho se tornasse realidade.
No hospital as pessoas corriam de um lado para o outro e eu não via mais nada eu cheguei a alguém e perguntei por ele e a pessoa me indicou uma sala eu corri para lá e o encontrei todo machucado e gritando de dor eu segurei sua mão que parecia o lugar com menos ferimentos e ele me olhou diferente como se soubesse que seria a ultima vez que ele me olharia. Eu já chorando de novo me baixei e disse em seu ouvido: “Eu vou lutar com você ate que o meu coração pare de bater. Eu não vou te deixar morrer.” De algum modo isso pareceu acalmá-lo e ele parou de gritar e segurou a minha mão com força. O medico chegou e puxou a maca em que ele estava deitado me dizendo que ele iria ter que passar por uma cirurgia imediata e pedindo a minha autorização.
Eu assinei os papeis e pedi ao medico para que salvasse ele e me sentei na sala de espera chorando baixinho e rezando para que ele ficasse bem. Depois de horas já estava de manha e o medico saiu da sala com as mãos sujas de sangue ele tinha uma feição de dó e eu me desesperei ele me segurou me sujando e disse que ele estava bem e que iria para o quarto descansar e que teria que passar por mais outras operações, mas que a vida dele não corria perigo.
Ele estava dormindo os ferimentos cobertos e o aparelho fazia um bipe irritante que mostrava que ele ainda estava vivo e que seu coração ainda estava batendo. Eu estava deitada apoiada na sua cama tentando descansar já estava ali há dias, me recusava a sair de perto dele e esperava pacientemente ele acordar. Semanas se passaram e ele não acordou mesmo que o bipe continuasse a irritar, eu ia para casa tomar banho e voltava ao hospital dormia ali e comia o pouco de sempre ali também.
No dia 21 depois de dois meses dormindo em coma como o medico disse, me pediram para assinar os papeis que parariam os aparelhos e que ele ficaria melhor em outro lugar eu me recusei não iria matar ele não com as minhas próprias mãos não depois de ter prometido que lutaria pela vida dele. A família dele não vinha o visitar diziam que ele foi irresponsável de ter comprado aquela maldita moto e que não o queriam mais como filho e me pediram para tomar conta dele.
Eu estava perdendo as esperanças quando completou o terceiro mês e a dor em meu peito aumentava a cada dia que passava eu não queria que aquilo fosse real queria que fosse só um sonho, mas era impossível.
Meu coração batia por dois.
Aquele maldito bipe agora me amaldiçoava todos falavam para mim que o melhor a fazer seria desligar os aparelhos e parar com o sofrimento dele, mas eu não era capas eu o amava demais e era egoísta demais. Depois de tanto falarem em minha cabeça eu iria desligar os aparelhos e logo após iria pular do prédio do hospital era essa a minha sina eu precisava dele para viver.
Eu esperava um anjo para salvar ele e para me salvar e esse anjo na verdade veio. No dia 24 enquanto eu chorava olhando para ele deitado na cama sereno dormindo e acabava de assinar o meu primeiro nome eu olhei para o papel e acabei de assinar me debrucei em cima do seu corpo e repetia o quanto eu o amava e o medico com aquela mesma cara de dó desligou o aparelho eu esperei o bipe parar, mas não parou eu olhei para cima confusa e o medico estava com a mesma expressão olhando para ele eu me virei devagar e olhei para seus olhos agora abertos que brilhavam e lágrimas desciam dele e não consegui desviar o olhar  nem falar nada.
 por ter lutado comigo.” E eu não precisei dizer mais nada ele sabia de tudo ele já tinha escutado muitas vezes antes. Eu agradeci silenciosamente meu anjo por ter mais uma vez salvado a minha vida.

** Esse conto não é totalmente ficção (ninguém ta morrendo pode ficar tranquilo) e eu agradeço primeiro a meu herói por ter feito a minha dor parar, segundo ao meu anjo (e marido) por ter me convencido a não falar não para minha felicidade de novo e terceiro a minha prima linda do meu coração Izzy que me falou a frase: “Meu coração batia por dois.” que me fez pensar e criar todo o conto. Obrigada minhas cherries amadas*u*

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