Os quatro a olhavam esperando alguma coisa. Ela os encarava sem saber o que fazer, tudo estava errado, não era para ser assim. A única coisa que ela não precisava era isso, a única coisa que ela não queria era ter isso.
A resposta estava na ponta da língua e mesmo assim ela não saia. A culpa não era sua, no entanto parecia que era, e ela temia deixar essa culpa estragar tudo.
Tudo parecia desmoronar, sua vida parecia só mais uma piada sem graça, o seu coração estava por um fio e eles naquele momento quase o arrebentavam. Ela pediu por ajuda, mas ninguém a respondeu. Ela clamava por anjos que não existiam e insistia em uma esperança que era inútil.
Seus olhos se encheram de lagrimas, ela queria ter uma alternativa, uma escapatória, um jeito de fazer tudo voltar ao que era antes, mas não tinha. Não havia mais escolhas a serem tomadas, ela teria que aprender a viver com as decisões que os outros tomavam.
Ela caia aos poucos no abismo que sua mente havia criado. Os olhos dos quatro a fuzilavam, a matavam aos poucos e ela queria poder fazer alguma coisa, e como queria. pensou em ficar, mas sua mente a fez ver o que era certo.
Seu coração doía, ela não queria ficar sozinha, não suportaria viver sem eles, não queria viver sem eles. Tinha medo de não conseguir, medo de esquecer de tudo e deixar eles se afastarem como ela estava se afastando. Esse medo a torturava, assim como o sorriso forçado plantado na cara deles.
Ela saiu andando, não porque queria, mas era a única coisa que podia fazer. Ela não olhou para trás, e nem voltou e só pensava em como queria ficar e abraçar apertado cada um deles. Ela sentiria saudades, tantas que ela poderia ate morrer por isso.
Uma coisa ela tinha certeza, o coração dela ficou com eles, com os seus quatro melhores amigos.