Ele tinha jurado amor e a única coisa que fez foi ela chorar. A única coisa que ela pedia era um amigo, uma pessoa que nunca a abandonasse, mas ele não foi capas de fazer isso. Ela pensava que ele era diferente, mas ele fizera a mesma coisa que todos outros haviam feito.

As lagrimas que caiam de fúria, de ódio e de tristeza, ela abriu o seu coração para ele e o deixou entrar e ele a retribuía maltratando, machucando e traindo.

_ Por favor, vamos pular a parte das despedias.

Ela disse, os dois se encaravam com faíscas saindo dos olhos, diferente de dias atrás que eles se olhavam com tanto amor, ternura e respeito. Era tudo falso, ele apenas a usara como um de seus brinquedos.

_ Quantas vezes eu terei que te falar que eu não fiz nada, e que isso tudo é paranóia sua?

Ele disse. Como ela podia ser tão teimosa, porque ela não acreditava nele? Ela estava mesmo pronta para destruir todo o passado que tiveram juntos e todo o futuro que planejavam por uma mentira, uma armação?

_ Não vai precisar falar mais nenhuma vez, porque esta saindo agora. Vá! Ande logo, e nunca mais volte.  E nem mesmo ouse a olhar para trás.

As palavras dela doeram mais nela do que nele, ele queria ir e deixar aquela louca sozinha, mas ele não conseguia, aquela era a sua louca a única mulher que amou na vida e não a deixaria ir agora, ele já a amava, era tarde de mais.

Ele chegou perto dela pegando a sua mão, ela lutava para sair, mas ele já estava a envolvendo em abraço no qual ela não resistia. Ele colocou a mão dela em seu coração e olhou nos olhos dela.

_ Está sentindo isso? Sentindo meu coração bater?

Ela apenas balançou a cabeça em afirmação sem entender aonde ele poderia chegar.

_ O único motivo para ele hoje continuar batendo é você. Eu ignorei quando você me disse que não conseguia amar, eu te fiz acreditar na felicidade de novo e eu me apaixonei por você. Para mim eu estava sendo só um bom amigo, ate você me olhar com esses olhos castanhos enormes do mesmo jeito que eu te olho e desde então eu lutei para ser merecedor do seu amor e eu prometi a mim mesmo que nunca iria desistir, por isso não me mande embora porque eu não vou.

As lagrimas se mudaram para felicidade e os dois se encaravam do mesmo jeito que antes, com os olhos brilhando de amor. Ela se sentia culpada por ter duvidado e por não ter confiado, mas depois de tudo ela ainda não tinha certeza se conseguia amar. Ele havia lutado, mas não ganhado.

_Eu não acredito em você. Eu só preciso que saia da minha vida. Não quero um amor e nem um amigo, eu quero ficar sozinha.

Ela tirou a mão que ainda estava junta à dele e se afastou, não podia fazer isso mais a única coisa que havia aprendido em toda a sua vida era que o amor não existia e todos que se aproximassem de mais dela iriam acabar a machucando.

Ele não se foi, como havia dito e ela chorou, como se fosse um bebê e ele a aconchegou em seus braços, fez aquelas mesmas promessas ridículas que nunca seriam cumpridas. E ela quis acreditar que aquilo seria para sempre, mas não conseguiu. A verdade falava mais alto, na verdade ela gritava agora mandando ele para longe dela e da sua sanidade.

Ela olhou para cima e ele acariciou as bochechas molhadas dela, a beijando e a obrigando a ser feliz de novo.

_Eu nuca te machucaria e nem te abandonaria, acredite em mim.

Ela queria acreditar, queria muito e por isso deixou a mentira ser sua nova melhor amiga, daria uma chance para as ilusões e para o conto de fadas, mas nunca deixaria se levar.

O amor para ela era inalcançável e irreal e ele nunca deixaria de lutar para fazê-la ela acreditar que o amor era sim alcançável e real, afinal ambos sentiam.