Goodbye my love...
Eu entrei na sala. Ela estava lá, linda como sempre, tocando
mais uma das suas belas canções naquele piano velho e surrado. Sua calma era
evidente, era isso que a musica fazia com ela, mesmo depois daquela briga horrível
que tivemos a musica conseguia a acalmar. Ela reparou a minha presença, mas não
parou de tocar, parecia estar esperando que eu fizesse alguma coisa.
Somos dois estúpidos
orgulhosos.
O motivo da briga?
Não me lembro, eu me lembro sim das lagrimas dela, dos gritos e da expressão de
quem precisa de um abraço bem forte, mas eu não a abracei eu fiquei ali apenas
gritando de volta. A musica acabou. Ela não se virou para mim e eu fiquei com
medo.
“Me desculpe.” Ela disse com a voz embaralhada
típica de quem chorou muito. Eu me sentei naquele banquinho apertado ao lado
dela e disse: “Não precisa se desculpar
foi apenas mais uma briga, tudo vai ficar bem.” Ela se levantou do banco e
eu me assustei.
“Não estou me desculpando pela briga querido,
eu sei que eu tenho razão sobre isso e que quem deveria pedir desculpas és tu. Eu
estou me desculpando por fazer isso.” As lagrimas caiam dos olhos dela, uma
pontada no meu estômago me avisou do que estava por vir e eu me levantei no propósito
de impedi-la de fazer tal coisa.
Ela fez mesmo assim.
Com a calma dos deuses ela retirou o colar em forma de coração onde tinha uma
foto de nos dois e colocou em minha mão a fechando em seguida e a levando a
encontro do coração dela e depois do meu. “Meu
coração é e sempre serás teu. Mas eu preciso ficar longe de ti. Cansei de gritar,
cansei de tu me fazendo gritar, eu não quero mais viver uma vida da qual eu odeio.
Desculpe-me meu amor.”
Eu chorei junto com ela e tentei falar
alguma coisa, argumentar e a impedir de me deixar, mas ela me calou com um
beijo, rápido e simples, um beijo de despedida. Ela se encaminhou ate a porta
ainda me segurando pela mão e me deixou ali do lado de fora e antes de fechar a
porta ela disse: “Adeus.”
Eu não queria me
mover, queria tocar a campainha novamente e implorar perdão e jurar que tudo
iria mudar, mas era mentira. Eu também estava cansado daquilo tudo e me doía vê-la
naquele estado. Meu amor por ela não é suficiente para curar toda a dor que eu
a fiz passar. Eu olhei pela janela antes de continuar o meu caminho pela aquela
longa rua cheia de casas iguais, eu a admirei, sentada ao piano novamente tocando
aquela melodia sofrida que comprovava de uma vez por todas que tinha acabado.
A rua foi ficando
menor e menor enquanto eu chegava ao final dela e não ousei em olhar para trás,
só desejei a ver mais uma vez e me apaixonar por ela de novo e dessa vez fazer
tudo diferente e nunca deixá-la proferir aquelas palavras novamente.
O coração dela
estaria sempre o lado do meu eu tinha certeza.
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Luiza.