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Goodbye my love...

By terça-feira, outubro 25, 2011 , , ,

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Eu entrei na sala. Ela estava lá, linda como sempre, tocando mais uma das suas belas canções naquele piano velho e surrado. Sua calma era evidente, era isso que a musica fazia com ela, mesmo depois daquela briga horrível que tivemos a musica conseguia a acalmar. Ela reparou a minha presença, mas não parou de tocar, parecia estar esperando que eu fizesse alguma coisa.
   Somos dois estúpidos orgulhosos.
  O motivo da briga? Não me lembro, eu me lembro sim das lagrimas dela, dos gritos e da expressão de quem precisa de um abraço bem forte, mas eu não a abracei eu fiquei ali apenas gritando de volta. A musica acabou. Ela não se virou para mim e eu fiquei com medo.
  Me desculpe.” Ela disse com a voz embaralhada típica de quem chorou muito. Eu me sentei naquele banquinho apertado ao lado dela e disse: “Não precisa se desculpar foi apenas mais uma briga, tudo vai ficar bem.” Ela se levantou do banco e eu me assustei.
  Não estou me desculpando pela briga querido, eu sei que eu tenho razão sobre isso e que quem deveria pedir desculpas és tu. Eu estou me desculpando por fazer isso.” As lagrimas caiam dos olhos dela, uma pontada no meu estômago me avisou do que estava por vir e eu me levantei no propósito de impedi-la de fazer tal coisa.
  Ela fez mesmo assim. Com a calma dos deuses ela retirou o colar em forma de coração onde tinha uma foto de nos dois e colocou em minha mão a fechando em seguida e a levando a encontro do coração dela e depois do meu. “Meu coração é e sempre serás teu. Mas eu preciso ficar longe de ti. Cansei de gritar, cansei de tu me fazendo gritar, eu não quero mais viver uma vida da qual eu odeio. Desculpe-me meu amor.”
  Eu chorei junto com ela e tentei falar alguma coisa, argumentar e a impedir de me deixar, mas ela me calou com um beijo, rápido e simples, um beijo de despedida. Ela se encaminhou ate a porta ainda me segurando pela mão e me deixou ali do lado de fora e antes de fechar a porta ela disse: “Adeus.”
  Eu não queria me mover, queria tocar a campainha novamente e implorar perdão e jurar que tudo iria mudar, mas era mentira. Eu também estava cansado daquilo tudo e me doía vê-la naquele estado. Meu amor por ela não é suficiente para curar toda a dor que eu a fiz passar. Eu olhei pela janela antes de continuar o meu caminho pela aquela longa rua cheia de casas iguais, eu a admirei, sentada ao piano novamente tocando aquela melodia sofrida que comprovava de uma vez por todas que tinha acabado.
  A rua foi ficando menor e menor enquanto eu chegava ao final dela e não ousei em olhar para trás, só desejei a ver mais uma vez e me apaixonar por ela de novo e dessa vez fazer tudo diferente e nunca deixá-la proferir aquelas palavras novamente.
  O coração dela estaria sempre o lado do meu eu tinha certeza.

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Luiza.