Por uma noite.
O telefone tocou,
tirando a atenção dela daquele livro de romance.
_ Gostaria de ser
minha namorada por essa noite?
Uma voz rouca
pronunciou do outro lado da linha, fazendo aquele costumeiro frio na barriga
vir quando ela respondeu um simples ‘sim’ e ele anunciou que a buscaria as
oito.
Esperou ansiosamente por todo o dia, contando os segundos e
quando finalmente deu as oito ela esguichava seu perfume atrás das orelhas. A buzina
encheu o sorriso vazio dela de felicidade.
Ela correu escada abaixo
mesmo sabendo que antes de abrir a porta ela contaria ate dez para não parecer
desesperada de mais, sua mãe a ensinara esse truque há tempos atrás e realmente
funcionava.
Ele estava encostado
na porta do carro olhando esperançoso para a porta quando ela saiu de lá com um
sorriso bobo e desfilou ate ele dando um beijo simples em sua bochecha. Ele riu
de algo não aparente para ela e abriu a porta estendendo a mão para ajudá-la a
entrar no carro.
Assim que ele deu a
partida no carro o assunto fugiu dele e dela, e o silencio foi tão incomodo que
fez ele ligar o radio em uma musica calma e ela fingir estar muito interessada
no que se passava do lado de fora da janela.
O jantar foi
simples, regado de piadas bobas e lembranças dos tempos de colégio. Ele foi
gentil como se fosse realmente um encontro e ela se portou como uma dama adorando
o jogo de dar risadinhas para abrir o sorriso dele.
De volta ao carro dessa
vez eles não se incomodaram com o silencio e sorriam um para o outro de esquina
a esquina. Quando estacionaram em frente a casa dela, ele a puxou para um
beijo, e ficaram assim por vários minutos, ele mordeu a sua orelha sentindo o
cheiro cítrico de seu perfume para ocasiões especiais.
Ela deu um sorriso
sapeca dando nele um ultimo beijo e correu carro a fora, parando em frente à
porta e procurando as chaves na sua bolsa pequena. Quando finalmente achou,
braços quentes rodearam a sua cintura e ela colocou a sua mão por cima da dele
enquanto ele trilhava uma linha de beijos do seu ombro ao pescoço.
_ Eu tenho que ir.
Ela disse destrancando
a porta e entrando em quando ele protestava a implorando para ficar. Ela encostou
sua testa na porta gelada escutando a respiração dele ainda atrás da porta,
pensando em abri-la novamente e acabar de vez com aquilo, mas era errado. Eles são
apenas amigos, a tempo de mais.
A testa dele também se
deixou cair na porta antes de se abaixar para jogar aquela caixinha pela
portinha para gatos que caiu exatamente nos pés dela. Ela demorou a pegar com
medo do que teria ali dentro, mas quando finalmente abriu seu sorriso quase
rasgou as suas bochechas e lagrimas de pura felicidade o banharam.
Ela abriu a porta
correndo e caiu nos braços dele que já a esperavam gritando ‘Sim!’ animadamente,
ele gargalhou e encheu o rosto dela de beijos ate chegar à boca e hesitar um
pouco brincando com os seus narizes colados, ate ela não agüentar mais e o
puxar pelo pescoço enfiando as suas mãos nos cabelos dele.
_ Gostaria de ser
minha esposa pelo resto das noites?
Ele perguntou quando
finalmente quebraram o beijo e ela sorriu bobamente olhando para o homem na sua
frente, aquele que ela sempre amou e venerou e que agora a pedia para ser sua
para sempre.
_Pelo resto das
noites.
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Luiza.