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Fear. Tears. Pain.

By domingo, fevereiro 05, 2012

Era uma hora da manha, todos na minha casa estavam dormindo menos eu que mesmo morta de cansada insistia em escrever textos sem sentindo que nunca vão ser mostrados a ninguém.

Cansada eu fui finalmente tirar toda maquiagem para ir dormir, e embaixo de tudo aquilo,de todos algodoes sujos de azul e preto eu vi no espelho quem eu não queria ver nunca mais. Uma eu acabada, triste e com medo, aterrorizada na verdade. E sem nem mesmo perceber as lagrimas começaram a descer e foram ficando cada vez mais grossas e eu não conseguia desviar os olhos daquela imagem na minha frente.
Eu sabia que tinha algo errado, sabia q aquela não era eu, e que eu não fazia idéia do que fazer.  E então eu sentei no chão frio do banheiro e chorei, por minutos e eu não duvido se forem ate horas, eu não chorava há muito tempo e posso afirmar que não senti nenhuma falta.
E em todas aquelas lagrimas tudo que eu estava guardando dentro de meu coração desde aquele dia de despedidas no ano passado, todos os falsos sorrisos, de todas as vezes que eu me perdi em pensamentos, de todos os momentos que eu desejei que tudo aquilo não fosse verdade.
Julgue-me ou não, mas eu sou daquele tipo de pessoa que odeia sair do normal, da minha rotina, o tipo de pessoa que odeia ter que mudar de ambiente e que odeia deixar pessoas que ama para trás.
Mesmo tendo essa dor enorme em meu coração, todo medo que eu estou sentindo tem uma razão, eu não sei se eu vou conseguir mais um segundo. Eu sinto falta e as coisas nunca vão ser do jeito que era antes, esta tudo tão distante que eu temo que elas desapareçam. De todos os meus pedidos, nenhum deles virou realidade.
Eu sinto falta daquele tanto de ‘esta tudo bem?’ quando eu retirava o sorriso do rosto por segundos, eu sinto falta das pessoas realmente se importando e mesmo não querendo admitir eu sinto falta da minha irmã. Eu queria poder reviver o ano passado todo, tirando algumas partes ruins é claro, mas só de estar ali eu ficaria feliz, porque agora eu me dei conta de que o que se vai não costuma voltar.
Estou tentando acreditar nas falsas promessas, mas esta cada vez mais difícil. Eu tento ajudar, mas parece que eu sou apenas um encosto, aquela menina chata do qual você não consegue se livrar. Ontem quando estava chorando no chão do banheiro eu me lembrei de dias piores, a diferença é que naqueles dias eu tinha alguém do meu lado, ontem eu não tive como hoje eu não tenho.
Eu me sinto sozinha e com medo, não sei do que será de mim esse ano, mas eu vou tentar afinal é a única coisa que me restou, essa estúpida esperança de contos de fadas que tudo vai ficar bem, que alguém vai fazer tudo ficar bem. E eu nem mesmo sei o motivo de tanta esperança.
Hoje eu acendi uma vela mesmo estando de dia só pelo prazer de ver aquela chamar queimar, e eu me senti normal, como se os olhos inchados não fossem nada, como se aquele medo não existisse, como se eu não sentisse mais nada, fria e acabada. Nem mesmo os goles daquele chá fervendo me fizeram sentir verdadeira, como se tudo não passasse de uma mera brincadeira. E dói.
É como seu eu tivesse morrido, bom quem me dera. 

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