A filha do jardineiro
_ De fato, Margaret tem um belo
rosto. – A mãe falou depois de muito custo enchendo seu filho que a rodeada de uma
esperança que logo morreria. O rosto do jovem Henry se iluminou pensando que a
mãe finalmente deixara de ver sua Margaret como apenas a filha do jardineiro.
O amor de ambos perdurara dês da infância,
onde eles brincavam pelo jardim escondido e quando cresceram o sentimento que
tinham também cresceu, o amor de irmãos, a amizade pura os caçaram e castigaram
com um eterno amor proibido.
_ Não é apenas o rosto dela que é
belo, a sua alma é linda tão quanto. E eu a amo mamãe.
O rosto do rapaz se iluminava com
o sorriso da simples lembrança dos cachos loiros e compridos de Margaret e das
suas palavras incensáveis sobre a vida e o amor que o fascinava a cada sentença.
Ela era a mulher mais incrível de todo
mundo e o amava de todo coração e era recíproco, e não era uma posição na
hierarquia e nada mais os deixaria separados.
Os seus pais poderiam não aceirar
tal amor, e acreditar em casamentos como junção de bens, mas ele acreditava no
poder de corações que se amam e por acreditar que ele lutaria ate o fim, com
todas as armas que conseguisse encontrar. Ela não tinha armas para lutar, tinha
um motivo e um amor tão intenso quanto o dele, mas como a filha do jardineiro
uma simples camponesa se casaria com um nobre duque? Ela não teria os vestidos
apropriados para as festas, não saberia ser a esposa de alguém tão importante
já que todas as suas qualidades foram tiradas das horas que passara olhando o
seu pai plantar e sua mãe reclamar.
_ Você amará outras mulher,
alguma que esteja a sua altura. Isso é apenas paixão de jovem, logo vai passar
e você entenderá o quão importante o seu casamento é para a nossa família e não
ira o desperdiçar com uma qualquer.
Henry saiu da sala bufando, não aguentaria mais uma palavra insultando a sua amada, e estava determinado a passar a vida
ao lado dela não importava as conseqüências. Podia amar a sua família e
respeitar as suas mentes fechadas para os sentimentos, mas nada seria mais
doloroso para ele do que viver sem o amor de sua Margaret para que sua família continuasse
rica, criar os filhos de uma nobre e os colocar no poder apenas porque devia e
não porque queria.
E foi assim que de cabeça quente Henry
pegou uma mala com poucas roupas e todos os bens que possuía e deixou sua
mansão, o adorável palácio que foi mimado e ensinado a ser mesquinho e ganancioso
agora estava as suas costas em quando corria sem pensar duas vezes para onde
sua amada estaria.
Bateu na porta da humilde casa
duas vezes e o pai de Margaret a abriu, ele alegou ter apenas boas intenções e
por agora queria apenas conversar com a sua filha. O pai dela permitiu, e
Margaret que já pulava de ansiedade e felicidade no topo das escadas foi ate
Henry nos fundos do seu não tão elaborado jardim.
A eletricidade que passava pelo
corpo dos dois e o intenso olhar que ficaram presos, apenas afirmava mais uma
vez que não era uma paixão de jovem e sim um daqueles amores que durariam para
sempre. Henry lhe segurou o rosto, acariciou os seus belos cabelos e mais uma
vez se perdeu nos olhos mágicos dela, encontrando forças que nem sabia que
tinha para finalmente falar o que já estava escrito na cara de ambos.
_Margaret, eu te amo e eu vou
amar para sempre. Mas eu não posso ficar com você, não enquanto nos ainda
estivermos aqui, eu vou lutar por você e pelo seu amor ate as minhas forças se
esgotarem.
O sorriso dela deixava aparecer
tudo aquilo que ela não conseguia falar, talvez o choque do momento ou apenas não
teria palavras que fariam justiça às belas palavras de Henry, um simples amor
de coração e alma era tudo que ela tinha para oferecer e ele estava arriscando
perder tudo.
Ele se ajoelhou em um joelho vendo a aflição e
o sorriso da moça, ele sabia que eles seriam felizes não importasse o quê. A mão
dela foi ate o seu coração e os batimentos dos dois saíram de linha em
sincronia.
_Sra. Margaret Paschal você
aceita fugir comigo? Se casar, ter muitos filhos e envelhecer ao meu lado, ser
amada e amar ate que morremos.
As palavras, de novo não eram necessárias.
Margaret pulou em seus braços e disse o sim mais esperado de sua vida, se entregou
e entregou o seu amor para aquele homem que com certeza saberia cuidar bem
dela. E eles seriam felizes porque nem aquilo que é mais divino entra no meio
do amor de um jovem casal.
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