Ai vem ela, com seu vestido de cetim e os cabelos lisos escorrendo pelas bochechas coradas. Ai vem ela deslizando pelo chão, dançando sem musica e encantando corações. Os olhos brilhando, o sorriso encostando-se às orelhas, passando a mão pelo coração, o deixando louco.

Ai vem ela direto para os seus braços. Onde ela sempre esteve e sempre vai estar. Estava tão linda naquele dia que ate parece um sonho, do qual ele nunca queria acordar. Ela sussurrou no seu ouvido e saiu correndo pelo campo enorme que tinham a sua disposição.

E ele correu atrás dela, com o seu sorriso bobo, porque ele correria ate o fim do mundo se precisasse, escalaria qualquer montanha, chegaria ate ás estrelas e além apenas para provar o quanto a ama.

Quando a alcançou depois de muitas gargalhadas, ela caiu no chão deixando o seu coração perto do dele, respirando de vagar e com aquele mesmo sorriso nos lábios, o sorriso pelo qual ele se apaixonou, fazendo ser impossível não beijá-la. Ele pôs uma flor que estava jogada por ali no cabelo dela deixando um beijo em sua testa.

_ Você sabe o quanto eu te amo?

Ela perguntou com a voz fina, o sorriso ainda brincando nos lábios. Ele estendeu os braços, abrindo eles o máximo possível, mostrando que era esse o tamanho do amor dela, mas ele estava errado. Ela pegou os braços dele os fechou em torno de si.

_ Eu te amo infintas vezes o infinito.

Ele trilhou beijinhos por todo o rosto dela, a levantando e rodopiando no ar, jogando a pergunta pra o céu se esse amor que era do tamanho do infinito iria durar para sempre, não por duvidar de seu coração, mas sim por tudo que impedia a felicidade dos dois.

Imagine só uma bagunceira e um mauricinho, a paixão pelo extravagante dela e dele pelo discreto, nem em um milhão de anos daria certo, mas quem sou eu para julgar, quem são eles para julgar. O cupido escolheu suas vitimas e lançou suas flechas e depois tudo que se virão foram corações pelos ares. Meloso de vomitar, lindo de se apaixonar.

Mãos entrelaçadas, cabelos sujos de grama, sorrisos bobos e tudo para se terminar mais uma linda tarde de verão dessas férias que nunca acabavam e que davam a eles esse gosto na boca de quero mais. Mas o que é bom sempre acaba.

_ Sabe, esse ano já está quase no fim. E depois só será mais um e nos poderemos fazer o nosso para sempre e todas aquelas bobeiras.

Ele disse soltando um suspiro depois, fazendo ela se aconchegar nele, lembrando que daqui a uns dias teria que voltar para casa, casa que era a quilômetros de distancia da dele. As despedidas doíam e as saudades também, mas valia à pena, quando se acha um amor não se pode deixar ir.

_ Para todo o sempre, com todas as bobeiras, eternamente, infinitamente.