My Bad Love.
Você pôs a mão sobre
a minha, entrelaçou nossos dedos, virou o meu mundo de cabeça para baixo, mudou
a minha realidade e se tornou a razão do meu viver.
Eu não consegui
impedir, você já havia entrado e bagunçado a minha vida. Me deu a musica, as
drogas e o amor. Me completou do modo mais estranho, do modo mais errado.
E eu não me
arrependo dos bons momentos, das risadas eternas e das noites que pareciam
nunca ter um fim, eu não me arrependo de desistir de tudo por sua causa, porque
afinal de contas você fez valer à pena. Eu me arrependo de não ter te segurado
com força o bastante, me arrependo de ter te deixado ir.
Agora minha mão se
entrelaça com a solidão, com a dor e com a saudade que você deixou. Ainda não
sei você conseguiu me machucar mais quando chegou ou quando se foi, mas fez o
trabalho bem feito.
O cavaleiro da falsa
armadura com suas palavras mentirosas, com suas promessas validadas e o veneno
que hipnotiza, que destrói, que mata e que dura para sempre. Eu te deixei entrar
em minha vida como uma boa anfitriã, te dei o meu coração como se oferecesse um
copo de água e você sujou o meu tapete e quando saiu, bateu a porta.
Você me levou para
todos os caminhos errados, tirou o meu titulo de santa, me ensinou todas as
coisas ruins e eu como uma idiota te segui e pouco a pouco fui me destruindo,
ate ao sobrar em um pingo de sanidade. Você substituiu meu sangue por álcool,
minha mente por drogas e o meu coração pelo seu, e o pior é que eu gostei bom
ate agora.
Porque foi ai que
você destruiu tudo, foi ai que arrancou meu coração fora sem e nem hesitar, foi
ai que você fez tudo virar lembranças e meu mundo virar ao normal novamente,
fez a minha antiga realidade me assombrar. Foi ai que você morreu.
Estava frio, eu
estava lá com você e já era tarde, muito tarde. Nos estávamos em mais uma festa
ridícula dançando e fazendo inveja, ate eu insistir para irmos para casa, e
esse foi o meu erro e o seu foi entrar a frente daquela bala que era
supostamente para mim.
Eu quero as borboletas no meu estomago de
volta, a ardência do seu toque, a maciez dos seus lábios nos meus, os seus
braços protetores, seu sorriso amável, o seu mortífero jeito de me fazer estar
cada vez mais apaixonada. Mas eu não posso ter, eu te enterrei e chorei na sua
lapide por dias a fio e eu não agüento mais.
Se lembra das
margaridas que você me deu depois de ter sido um cafajeste e me traído? Lembra
que aquelas margaridas duraram meses e você disse que nos seriamos igual a
elas, que seriamos eternos. As margaridas morreram.
Seu estúpido! Idiota drogado, de tudo que me
ensinou errado, de tudo que me fez sentir, porque não me ensinou a viver sem você?
Porque não me fez sentir esse tipo de dor antes, pelo menos eu estaria
preparada.
Eu gostaria que você
estivesse aqui, que tudo fosse apenas um pesadelo, uma piada sem graça. Queria ter
as manhas de sábado discutindo sobre quem vai levantar primeiro da cama, e não
indo te visitar em um cemitério. Eu gostaria de poder te chamar de meu de novo.
E minha mão cheia de
saudades rabisca isso no papel, eu não podia te deixar ir sem antes me despedir,
não podia te deixar ir sem nenhuma culpa por tudo que você me fez passar e por
tudo que ainda vai fazer, porque eu sei que irei sofrer para sempre. Porque eu
vou te amar para sempre.
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Luiza.