Insignificante.
Os pássaros cantavam
ao seu lado, o sol a esquentava e aqueles enormes óculos escuros a deixavam
terminar de ler aquele trágico romance que começava em lagrimas e terminava em
morte. A grama pinicava, mas pela quantidade de tempo que passava deitada nela
já tinha se acostumado.
As lagrimas
insignificantes desceram dos seus olhos por causa do livro, claro. Ela não se
deixava chorar a um tempo havia cansado de coisas assim de dramas e do seu próprio
amor. Não por vontade própria, foi forçada por um idiota qualquer que um dia
ela amou e que em outro ele quebrou o coração dela.
Trágico, mas a verdade.
Ela então entediada
de se iludir com mentiras fitou o céu esperando que a solução caísse do céu
mesmo sabendo que ela nunca cairia. Lutar estava cada vez mais difícil e a opção
de desistir cada vez mais apetitosa, não sabia quanto mais sangue seu coração conseguia
bombear e nem quanto mais ar o seu pulmão agüentaria se encher de ar a única coisa
que tinha certeza era que olhar para o céu não lhe dava mais a paz que
precisava.
A vida não vale
nada, ela vivia dizendo e sabia que a morte valia menos ainda. E depois de
provar aquela taça cheia de dor depois do amor finalmente descobriu que o amor
é aquele que vale menos.
Os céus azuis a
deixavam feliz quando todo o resto a criticava, as nuvens eram como suas fieis
aliadas e o sol era o seu melhor amigo. Não se importava de ficar sozinha, não
mais. De uma hora para outra ficou normal conversar com os pássaros e gritar em
silencio com aquele personagem traiçoeiro, essa era a vida dela agora e ela não
conseguia se arrepender de ter a feito desse jeito, afinal qualquer coisa é
melhor que a dor de um coração partido.
_O que eu fiz de
errado?
Ela perguntou para
um pássaro ao seu lado que nem se quer a olhava. Ela esperou a resposta como
uma pessoa normal e quando ela não veio não se decepcionou afinal ele era
apenas um pássaro, porque ficar brava com a ignorância dele?
De todo jeito ela
sabia o que tinha feito de errado, sabia o porquê de estar assim, ferida.
_ Eu me apaixonei, isso que fiz de errado.
O primeiro amor é
sempre o pior, dói mais era a teoria dela. Lembranças e mais lembranças do
idiota começaram a torturá-la e sem se dar o trabalho de ligar para algo assim
ela se levantou, pegou o livro do chão e andou de volta para a casa branca.
E viveu como se nada tivesse acontecido, como
se aquele estúpido romance não houvesse a feito chorar, como se o amor nunca a
houvesse atrapalhado, como se ela não fosse tão insignificante, como se o céu
tivesse deixado sem querer cair àquela solução.
Trágico, mas a verdade.
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Luiza.