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Insignificante.

By quarta-feira, janeiro 18, 2012 , ,


  Os pássaros cantavam ao seu lado, o sol a esquentava e aqueles enormes óculos escuros a deixavam terminar de ler aquele trágico romance que começava em lagrimas e terminava em morte. A grama pinicava, mas pela quantidade de tempo que passava deitada nela já tinha se acostumado.
  As lagrimas insignificantes desceram dos seus olhos por causa do livro, claro. Ela não se deixava chorar a um tempo havia cansado de coisas assim de dramas e do seu próprio amor. Não por vontade própria, foi forçada por um idiota qualquer que um dia ela amou e que em outro ele quebrou o coração dela.
   Trágico, mas a verdade.
  Ela então entediada de se iludir com mentiras fitou o céu esperando que a solução caísse do céu mesmo sabendo que ela nunca cairia. Lutar estava cada vez mais difícil e a opção de desistir cada vez mais apetitosa, não sabia quanto mais sangue seu coração conseguia bombear e nem quanto mais ar o seu pulmão agüentaria se encher de ar a única coisa que tinha certeza era que olhar para o céu não lhe dava mais a paz que precisava.
  A vida não vale nada, ela vivia dizendo e sabia que a morte valia menos ainda. E depois de provar aquela taça cheia de dor depois do amor finalmente descobriu que o amor é aquele que vale menos.
  Os céus azuis a deixavam feliz quando todo o resto a criticava, as nuvens eram como suas fieis aliadas e o sol era o seu melhor amigo. Não se importava de ficar sozinha, não mais. De uma hora para outra ficou normal conversar com os pássaros e gritar em silencio com aquele personagem traiçoeiro, essa era a vida dela agora e ela não conseguia se arrepender de ter a feito desse jeito, afinal qualquer coisa é melhor que a dor de um coração partido.
  _O que eu fiz de errado?
  Ela perguntou para um pássaro ao seu lado que nem se quer a olhava. Ela esperou a resposta como uma pessoa normal e quando ela não veio não se decepcionou afinal ele era apenas um pássaro, porque ficar brava com a ignorância dele?
  De todo jeito ela sabia o que tinha feito de errado, sabia o porquê de estar assim, ferida.
_ Eu me apaixonei, isso que fiz de errado.
  O primeiro amor é sempre o pior, dói mais era a teoria dela. Lembranças e mais lembranças do idiota começaram a torturá-la e sem se dar o trabalho de ligar para algo assim ela se levantou, pegou o livro do chão e andou de volta para a casa branca.
   E viveu como se nada tivesse acontecido, como se aquele estúpido romance não houvesse a feito chorar, como se o amor nunca a houvesse atrapalhado, como se ela não fosse tão insignificante, como se o céu tivesse deixado sem querer cair àquela solução.
  Trágico, mas a verdade.

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