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Aquele diferente.

By terça-feira, fevereiro 25, 2014 , ,

                     Sooo cute :)

Me deixe em paz.
É esse o começo para a minha historia de romance. E cabe a você decidir se isso é bom ou ruim, porque os pontos de interrogação ainda não pararam de rodar na minha cabeça, tomaram o lugar dos passarinhos, sumiram com a alegria.
Todo homem que pôs os seus olhos famintos em mim, desejaram e imaginaram alguma coisa a mais, e não estou falando de nada sexual, falo sobre casa, comida e roupa lavada. E para todos esses homens eu disse a mesma frase, me deixe em paz.
Quero casa, comida e roupa lavada com aquele que não quer isso. Quero sentir o gosto de ter sempre uma aventura me esperando. Quero alguém que de tão clichê, me deixe de comprar rosas.
Como dizem a esperança é a ultima que morre, e a minha esta viva, o problema é que todo o resto morreu. Não é que eu queira que a minha historie seja regada de ‘nãos’, é que eu não consigo evitar.
É característica do ser humano, se alto preservar, não deixar ninguém entrar. E eu faço uma critica hipócrita a isso, porque por mais que eu ame, e eu amo, não sou capaz de deixar qualquer um entrar e bagunçar com minha vida, vida essa que mantenho brilhando, para que cada dia seja como se fosse o ultimo.
E cada dia meu é como o ultimo, mesmo que eu negue o amor, eu ainda fico sentada sozinha em cafés esperando que caia assim do céu algo para preencher o vazio do meu pobre coração.
- Posso me sentar?
Eu olhei para aquele que estava parado à minha frente com os olhos sugestivos, era bonito entre aspas, tinha o porte de menino malandro, mesmo aparentando ser uns anos mais velho do que eu. Ele tinha no seu semblante, um sorriso diferente, ele não me pedia nada.
-Me deixe em paz.
Porque era de praxe.
Mas ele se sentou da mesma forma. Ficou me encarando sem dizer uma palavra, eu levantei as minhas sobrancelhas e sustentei o seu olhar o quanto podia antes e cair na gargalhada.
- Por que está rindo?
- Não porque, e sim de que. Estou rindo dessa sua ousadia, confiança em si.
Ele continuou parado e eu continuei rindo.
- Você é uma daquelas que gosta de magoar o sentimento dos outros.
Meu riso parou, e agora eu o encarava com a mesma intensidade. Não acreditava que ele tinha dito isso na minha cara, não acreditava que ele tinha julgado toda a minha vida com tão poucas palavras, não acreditava que ele havia acertado.
- O que te faz pensar que está certo?
Ele riu.
- Essa ruguinha entre as suas sobrancelhas. Ao contrario de você, sou tipo de pessoa ignorante o bastante para não me enganar com essa sua fachada de mulher independente.
O seu movimento foi de pegar a bolsa jogada no chão e se levantar para sair, mas tinha algo naquele sorriso. Coisa que talvez fosse forte o suficiente para fazê-la desistir e todos os planos da tarde. Aquele meio sorriso, aquele sexy meio sorriso.
Eu me levantei do mesmo modo, dando orgulho a mulher independente que dizia se fazer muito presente dentro de mim. Mas fui bloqueada por ele, não sabia nem mesmo o seu nome, mas já se dava ao juízo de enfrentá-lo.
-Com licença.
-Não.
A mão na cintura e um pé na frente do outro, pose de indignação clássica. Ele revirou os olhos. Eu tinha ódio para aqueles que reviravam os olhos.
-Me deixe em paz.
E ele juntou os seus lábios aos meus, e eu fui incapaz de sair do seu abraço de urso. Não dizendo que eu não gostei, vi nesse o momento em que tanto esperava. O momento quando a minha teimosia foi ignorada e se deu jus ao amor.  
Acabou que o ‘me deixe em paz’ não apenas começou o meu romance, mas também o acabou. Quebrando as regras. 

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