O começo do fim.
Ele se aproximou devagar com medo
de estar ou não certo, evitando as barreiras de limite que sempre foram
impostas. Os lábios que estavam muito próximos, os braços que estavam ao seu
redor há muito tempo, ela tinha uma vergonha estranha, uma vontade absurda e
nada estava certo.
Brigando consigo mesma ela
gritava “pare” de todas as maneiras possíveis, no entanto não tinha coragem de
falar em voz alta. Era pedir de mais e ela queria apenas o necessário. Queria a
felicidade, sua e dele e queria isso para sempre.
_Você sabe que...
A frase dele foi cortada pelo
primeiro contato que tiveram, as testas se colaram os narizes brincavam entre
si e a velha corrente elétrica atravessa entre um corpo e outro os ligando, e a
deixando louca. Como uma coisa tão errada parecia tão certa?
_ ... eu te amo mais que tudo.
Ela completou, e ele deu aquele
sorriso cheio de charme que sempre foi à heroína dela, tão belo e sincero.
Quase impossível de não se apaixonar, nunca teve uma chance de fugir.
Estava chegando como ela já havia
previsto mais de uma vez, o começo do fim. O romance explodiria e acabaria e
tudo se perderia. Ela não queria perder o para sempre com o seu melhor amigo,
mas perderia. Talvez porque eles eram muito parecidos, ou porque ela tinha
muito drama, e ate porque talvez fossem jovens de mais.
E os seus lábios se tocaram pela
primeira vez, e foi como se o mundo tivesse ganhado a sua maior guerra , como
se todas as estrelas tivessem explodido, foi perfeito. E ela se perdeu e nesse
caminho ela o perdeu, perdeu o seu sorriso e nunca mais viu o dele.
Os dias mais ensolarados, os
poucos dias, foram cobertos por uma nuvem escura e saudade bateu no mesmo
momento que ela deixou de dizer adeus, por falta de acreditar que terminaria
tudo assim. E ela ainda bate de tempos em tempos, quase todos os dias, na
maioria dos segundos.
O dialogo fácil, os segredos
trocados e os anos de amizade e de amor se foram tão rápido como passaram. A
tentativa de uma coisa que já estava fadada a dar errado, uma esperança
amaldiçoada e enganosa.
Ele não se atreveria se lamentar
mais, ela não conseguia mais suportar os rios de água salgada que desciam dos
seus olhos. Eu vou sempre o amar, ela vivia dizendo, quem sabe no futuro as
coisas se ajeitem, e quanto mais falava mais tinha certeza que nada mudaria.
E ela às vezes tinha vontade de
sair correndo, de esquecer para sempre e nunca teve coragem o suficiente para
fazer tal loucura. E só depois de todos os conselhos baratos de psicólogos
nunca formados ela conseguiu ver a razão, ver a brincadeira sem fim que a vida
fazia com sua cara. Ver o quase amor da sua vida ir embora sem se despedir, e
levando com ele seu sorriso, seu charme, e seu jeito de sempre fazer ela ficar
bem.
Foi errado e parecia tão certo e
agora acabou.
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Luiza.