Vivendo de amor.
- Vamos fugir.
Ele disse com as esperanças no
infinito, acreditando que a vida ia dar finalmente a bênção que ele precisava e
clamava desde que as injustiças do mundo começaram a ficar insuportáveis. A expressão
de espanto no rosto dela já era de se imaginar, sempre a mais responsável.
- Ok. E vamos viver de que?
O sarcasmo veio com a mão cheia
na cara dele, que mesmo assim não se deixou abater, era a ultima chance para os
dois. Ele chegou perto dela, puxando a pela cintura e sussurrando no seu
ouvido.
- Viver de amor.
Ela gargalhou. Ele definitivamente
tinha perdido o juízo deduziu ela, que a dor que ele sentia havia o torturado
tanto que agora o fizera perder a cabeça.
- Querido, amor não enche
barriga.
Não era simples assim afinal de
contas amarrar roupas na ponta do cabo da vassoura e pular a janela.
- Eu estou contando com as borboletas
que aparecem no meu estomago toda vez que te vejo.
Ele falava serio, ela ainda ria e
brincava achando tudo aquilo ridículo de mais para ser verdade, para engolir.
- Acredito que elas não vão durar
para sempre.
-Então acharemos outra coisa.
Os olhos dela pararam finalmente
de revirar e caíram sobre os dele brilhantes e apaixonados. E ela finalmente
viu aquele impulso de felicidade que a levaria a qualquer lugar, ela viu o
reflexo dos seus próprios olhos e todo amor que continha dentro deles.
-Nos não duraríamos uma noite.
Ela disse e viu os olhos dele caírem.
-
...mas eu vou para qualquer lugar do mundo se significar que eu estarei
com você.
Ela puxou o queixo dele para cima
novamente se apaixonando pelo sorriso gigante que ele abriu, pela milésima vez.
E eles se beijaram cheios de promessas, de paixão, desejo e esperança selando o
para sempre de muito amor e falta de comida.
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