Assim como dois mais dois é igual a infinito.
Já era noite quando ela pediu para ele subir, estava tarde o suficiente para ela escutar a reprovação da mãe em sua cabeça, mas aquela necessidade de ficar perto de início de namoro ainda não tinha passado. Ela precisava disso, dele, o tempo todo, chegava até ser chato.
Ele entrou,
sentou no sofá e sorriu. Ela ligou a musica, encostou a sua cabeça no queixo
dele e começou mais uma daquelas conversas filosóficas que não iam para lugar
nenhum. Ele reclamou da vida e ela gargalhou mais alto. Era como dois mais
dois, ação e reação, como se os lábios deles fossem feitos de imãs, negativo e
positivo.
- O que você acha
que é o amor? – Ela perguntou.
- Acho que é
uma palavra, quatro letras, um sentimento, ferramenta de poeta e você.
Ele olhou
fundo naqueles olhos brilhantes e viu o reflexo de seu sorriso, eles já tinham
falado tanto em amor, mas nunca haviam falado as três palavras formalmente um
para o outro, o que era quase impossível já que ela era 100% sentimento.
- E eu?
Sabe aquela
dor no estomago que romantizam falando que é borboletas, aquela tremedeira que
dizem passar rápido, mas que nunca passa, aquele coração acerado que falam que
ele vai explodir, e dói como se ele fosse realmente explodir, então era assim
que ela se sentia a cada toque dele, a cada palavra, a cada beijo, a cada
sorriso. Era sonho de criança se apaixonar dessa maneira, sonho que parece
nunca se tornar realidade.
- Eu já volto.
Ele disse
levantando do sofá e à deixando com um biquinho de reprovação, no meio do
caminho para o banheiro ele deu meia volta, ajoelhou na frente dela que já
estava inquieta no sofá, quicando sem entender o que ele estava fazendo. Foi a
partir dai que tudo pareceu um filme, uma cena exterior a ela, não existiam
mais palavras, mais gestos e mais sorrisos, foi ai que ela soube que seria para
sempre.
- Queria fazer
isso direito, mesmo sendo um direito adaptado por você ser assim tão chata.
Os olhos dela
encheram de lagrimas quando ele tirou aquele anel de brinquedo do bolso, aquele
anel que era considerado luxo quando ela era criança, aquele anel que era de
todas as formas perfeito para ela.
- Eu guardo
esse anel há cinco anos, esperando uma pessoa especial entrar na minha vida, acho
que não preciso esperar mais. Prometo te fazer rir até as bochechas doerem,
prometo lutar por nós, prometo te amar todos os dias que cabem no para sempre, você
aceita ser a minha namorada?
- Não. Sim.
Logico que sim. Mil vezes sim.
Ela se jogou
nos braços dele, o apertou forte para ver se era real, pressionou os seus lábios
contra os dele com o seu anel no mindinho brilhando na luz. Ela sempre soube
que ele era especial, que ele tinha algo único dele, e não era só o sorriso
bobo, a generosidade, a vontade e a esperança, era o amor que ele tinha por
ela.
O universo
sorriu para ela quando o colocou em sua vida, da mesma forma que ele sorriu
quando reparou que precisava do sorriso dela para ser feliz, assim como dois mais dois que sempre será igual a infinito.
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